segunda-feira, 2 de julho de 2012

vértice

... a saber como é por dentro
quando já não ouso dizer
como é que o coração se sustenta
... prego palavras no peito
é como se fosse emoldurando a vida
de palavras e sonhos, feitos para durar
... desenhando os próprios passos, ao caminhar, 
nesse meu interior, sempre tão particular
sigo além do que penso, além dos desejos
os sentimentos feitos de lágrimas
desbotam vários sorrisos
e não vou pendurar na memória
quero-os cheios de ar, a levar-me
como no vento de agora...
não vou me deixar ancorar
num peito que chora
parado no tempo
quero a musica e o seu movimento
risos soltos que brincam lá dentro
mesmo que ali pareçam fincados
vez ou outra eu sinto 
vão soltos e voltam pra dentro




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